Na primeira semana, aeródromo de Santa Maria registrou média diária de seis operações noturnas
Nos primeiros dias de operação noturna, o aeródromo Santa Maria registrou aumento considerável no movimento de aeronaves. Nova opção para a aviação noturna em Campo Grande, o balizamento da pista foi entregue no último dia 6 de maio.
Conforme o superintendente viário da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Derick Machado, responsável pelas operações dos Aeroportos do Estado, nos cinco dias que antecederam a entrega do balizamento da pista, o aeródromo registrou 172 movimentos de aeronaves e, nos cinco dias depois, foram 205, um acréscimo de 33 operações a mais que a semana anterior.
Esse acréscimo é de operações noturnas oriundas, em sua maioria, de São Paulo. “É uma demanda até superior ao que esperávamos. Essas 33 operações divididas em cinco dias dá uma média de seis operações por dia, a gente esperava metade disso. Como o aeródromo iniciou a operação noturna recentemente, muita gente ainda desconhece que ele está operando dessa forma. A expectativa é de que aumente nos próximos dias”, disse.
O controle da movimentação no aeródromo, tanto durante o dia quanto à noite, é feito pela Seinfra. À noite, segundo Derick, é necessária uma comunicação prévia, já que o balizamento não fica ligado a noite inteira. “O aeródromo funciona 24h por dia, mas o balizamento precisa ser coordenado. O sistema de iluminação precisa ser ligado com uma hora de antecedência”, disse.
Projetado para também funcionar como auxiliar ao Aeroporto Internacional Ueze Elias Zahran, apenas em caso de emergência, mas ainda não houve a necessidade desse tipo de ocorrência nesses primeiros dias.
O investimento
Para operar a noite, o aeródromo precisou da autorização da Agência Nacional de Aviação (ANAC) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), garantidas após a conclusão da instalação da iluminação noturna das pistas de pouso, decolagem e taxiamento. Além da iluminação, a equipe Técnica da Superintendência Viária fez os projetos necessários e apresentaram para os órgãos de controle mencionados acima, aos quais foram aprovados e homologados para reconhecimento das novas características da pista, que antes tinham as dimensões de 1.100 x 23 metros, passando após os projetos para 1.500 x 30 metros.
“Essa obra proporciona melhores condições para quem usa o aeródromo, além de permitir mais uma opção de pousos noturnos em Campo Grande, trazendo também desenvolvimento à nossa capital”, disse o titular da Seinfra, Renato Marcílio, sobre o investimento de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
Joilson Francelino, Seinfra
Foto: Chico Ribeiro